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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Feliz dia internacional das Prostitutas


Dificil de acreditar, mas verdadeiro: no dia 02 de Junho foi decretado o Dia Internacional das Prostitutas. Algumas notícias foram divulgadas falando da data e de manifestações das profissionais por segurança, reconhecimento e regularização da categoria.
A dita mais velha profissão do mundo foi, outrora, um serviço prestado por sacerdotisas e era visto como um sacerdócio sagrado, os templos, os serviços e as mulheres eram respeitados na sociedade antiga e eram mantidos pelo Estado com muito zelo.
A concepção do mundo e da humanidade mudou aos poucos, primeiro com o domínio do patriarcado, depois com o domínio do pensamento aristotélico e por fim o domínio das religiões monoteístas. Aos poucos, a mulher, de ser humano sagrado e divino, passou a ser coisa, homem defeituoso, criatura inferior, indefesa às tentações, causadora da ruína da humanidade por ser portadora do pecado.
Assim, tabus como fidelidade, monogamia e união passaram das mãos da mulher para as mãos do homem, deixando a mulher submissa, relegada à função da "dona-de-casa", enquanto o homem usufruía da liberdade e do prestígio social. Por muitos anos, a mulher foi prisioneira do lar, foi o escravo, o servo, sofrendo debaixo do macho inseguro, servindo humildemente (ou com humilhações) ao "senhor" seu marido, 
carregando sozinha a cruz de criar sua prole.
Por muitos anos foi comum os chamados "crimes pela honra", quando o macho se dava a permissão de investigar, acusar, julgar e condenar sua parceira por "traição" ou "adultério", enquanto igualmente se permitia a traí-la, a cometer adultério, com essa outra mulher que é a mais perseguida, discriminada e estigmatizada em nossa sociedade sexualmente doente: a prostituta. Uma mulher que por diversas razões sociais, politicas e economicas se vê relegada ao exercício dessa profissão malquista e malvista, uma mulher triplamente vítima da sociedade machista.
A situação começou a mudar aos poucos, após a Revolução Cultural da década de 60 (século XX), quando as mulheres começaram a se organizar e lutar por seus direitos. Nada mais coerente do que dar a estas mulheres, as profissionais do sexo, o respaldo, a proteção e a dignidade que todo cidadão, todo trabalhador, tem direito. O diálogo pode ser ampliado para questões mais complex
as e polêmicas, como a educação sexual, o planejamento familiar, as formas de relacionamento afetivo-sexual e o fim da intromissão da Igreja na vida das pessoas. Queiram os Deuses que nós consigamos curar nossa humanidade e nossa sociedade dos males causados pela exclusão da mulher, do sagrado feminino, da Deusa.


Escrito por Beto do site Rascunho de um Pagão

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